quinta-feira, outubro 27, 2011

A Janela


Em dias de verão observo a janela esperando  que a chuva pare, apesar de tudo
está um lindo dia de sol, não quero ficar aqui só olhando, minha vontade é de
estar lá, não me importo se alguns pingos de água caiam sobre mim, não me importo se ficar toda molhada, o dia está tão lindo...
Mas ainda assim pude notar como aqui está confortável, estou sozinha mais estou feliz,
claro que gostaria que tivesse alguém aqui para conversar mais infelizmente todos saíram estão lá brincando nas possas d’água. 
O corpo é jovem mais o espírito não, a mente é ágil, mas o tempo pesa em meus ombros, a vista já está cansada mais as ideias fluem rapidamente minhas mãos quase não me acompanham, no entanto o papel continua em branco.  
Observo a janela, está frio lá fora, o quintal forrado de branco pela neve, o vento gelado
modifica os humores, transforma cantigas em grunhidos de frio... nas calçadas as únicas luzes acesas iluminam o caminho dos visitantes, a observo enquanto ela me observa. E de um modo inerente prende la fora toda a alegria e aqui guarda quem chora a dor da saudade, a dor de quem observa a janela que traz felicidade, não só... mas a observo para que mate minha saudade ou me mate.
Talvez não me importe se o sol não aparecer mais em minha janela,
E se as estrelas não brilhassem mais? E a lua, também iria se esconder
de meus olhares pela janela?       

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